Irritabilidade molecular
Por Russian Defender
After Robert Nesta Marley in "Zimbabwe"
Você tem que brigar,
Não importa o alvo;
Não importa a mira,
Tampouco o motivo.
Você tem que brigar,
Para ser salvo.
Não importa!
Se é um estranho,
Ou alguém da família;
Se forem todos ao mesmo tempo...
Aliados, inimigos;
Desafetos novos
Ódios antigos.
Você tem que brigar,
Para sair ileso.
Você tem que brigar,
Embora prefira
A amizade, a gratidão,
A lealdade, a honradez.
Você tem que brigar,
Embora não queira,
Pois foi disso
Que o mundo o fez.
Você tem que brigar
Para encontrar a paz,
Aniquilando qualquer desavença.
Você tem que brigar,
Se não, apanha.
Se não for de briga,
Está perdido.
Se for de defesa,
Sairá doído,
Triste, zonzo e cheio de mágoas...
Você tem que brigar,
Porque é necessário.
Você tem que brigar,
Porque nem um qualquer,
A quem, um dia, você deu abrigo,
Lhe concederá algum descanso;
Chamando-o
De volta ao ringue,
De modo a provar que é prescindível
A sua mão a ele estendida
Em auxílio e na esperança
De que brigar não é preciso.
Se não tiver que brigar,
Contudo,
Agradeça.
Neste lugar,
Você está em casa.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Irritabilidade molecular
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you got to fight,
Zimbabwe
God Father
God Father
Por Macaco Insensível
Era um visitante estranho
Que, embora aparecesse pouco,
Por só uns dias a cada trimestre,
Azado mês, estação ou ano,
De mim dizia,
Por ter me feito,
Saber de tudo o que eu sentia.
Mas, nunca esteve para meu suporte
Assim, mais próximo, a saber da sorte
Dos vacilos, dúvidas e temores,
E muito menos das minhas dores.
Ainda chegava com toda soberba,
Enfado, ironia,
Desfaçatez,
A largar conselhos,
Como se ordens fossem,
Entre uma e outra
Embriaguez.
Entretanto,
Me dava dinheiro,
Sem ressalva ou motivo,
Promissória ou multa,
Além do encargo,
Que assim eu pagava,
De não dar conta de suas faltas.
Doravante, aprendi com ele
Quão duro é o mundo;
Quão bruta é a alma;
Não havendo espaço
Para a comezinha
Necessidade
De apoio e afeto
De quem devia
Ser um forte laço.
Era um visitante estranho.
Tão pouco ligava,
Tão pouco vinha;
Tão pouco era
Tão pouco amável;
Que nem sei o que fazia
Na minha casa.
Por Macaco Insensível
Era um visitante estranho
Que, embora aparecesse pouco,
Por só uns dias a cada trimestre,
Azado mês, estação ou ano,
De mim dizia,
Por ter me feito,
Saber de tudo o que eu sentia.
Mas, nunca esteve para meu suporte
Assim, mais próximo, a saber da sorte
Dos vacilos, dúvidas e temores,
E muito menos das minhas dores.
Ainda chegava com toda soberba,
Enfado, ironia,
Desfaçatez,
A largar conselhos,
Como se ordens fossem,
Entre uma e outra
Embriaguez.
Entretanto,
Me dava dinheiro,
Sem ressalva ou motivo,
Promissória ou multa,
Além do encargo,
Que assim eu pagava,
De não dar conta de suas faltas.
Doravante, aprendi com ele
Quão duro é o mundo;
Quão bruta é a alma;
Não havendo espaço
Para a comezinha
Necessidade
De apoio e afeto
De quem devia
Ser um forte laço.
Era um visitante estranho.
Tão pouco ligava,
Tão pouco vinha;
Tão pouco era
Tão pouco amável;
Que nem sei o que fazia
Na minha casa.
Espírito de equipe
Espírito de equipe
Por Macaco Corporativo
VOCÊ
Não pode ofender-se
Com meu comentário
Depreciativo.
Do contrário, EU,
Que estou no comando,
Não serei mais seu amigo.
Sorrirei
Somente ao falar-me
Das suas boas ideias
E o crédito,
Que farei faltar-lhe,
Será das minhas honrarias.
Diminuirei,
Com urbanidade,
Qualquer ação, qualquer façanha,
Podando, às gotas, a sua vontade,
Até que se torne frustração tamanha,
Tal que a "resiliência"
Jamais a vença.
Posso pôr em conflito,
Conforme o interesse,
As peças desse tabuleiro,
Para que a força
Da união possível
Não ameace o meu paradeiro.
E o trabalho pronto
Não terá dono,
Além do pináculo dessa serventia,
Mesmo que em nada,
Ou muito pouco,
Tenha eu, de fato, contribuído.
Assiste, a razão,
Ao filósofo inglês:
"O ser humano é mau em essência".
Mas, continuarei
Forjando essa crença,
Com cinismo, cálculo e providência,
De que meu reinado é de altruísmo
E a equipe
Meu berço santíssimo.
Usarei de tudo para manter meu posto,
Seja com gosto ou com desgosto
E ainda que me falte a honra,
Já que outro, em meu lugar, o faria,
Pois, nesse mundo competitivo,
Em que abunda a hipocrisia,
É exatamente assim que as coisas funcionam...
Por Macaco Corporativo
VOCÊ
Não pode ofender-se
Com meu comentário
Depreciativo.
Do contrário, EU,
Que estou no comando,
Não serei mais seu amigo.
Sorrirei
Somente ao falar-me
Das suas boas ideias
E o crédito,
Que farei faltar-lhe,
Será das minhas honrarias.
Diminuirei,
Com urbanidade,
Qualquer ação, qualquer façanha,
Podando, às gotas, a sua vontade,
Até que se torne frustração tamanha,
Tal que a "resiliência"
Jamais a vença.
Posso pôr em conflito,
Conforme o interesse,
As peças desse tabuleiro,
Para que a força
Da união possível
Não ameace o meu paradeiro.
E o trabalho pronto
Não terá dono,
Além do pináculo dessa serventia,
Mesmo que em nada,
Ou muito pouco,
Tenha eu, de fato, contribuído.
Assiste, a razão,
Ao filósofo inglês:
"O ser humano é mau em essência".
Mas, continuarei
Forjando essa crença,
Com cinismo, cálculo e providência,
De que meu reinado é de altruísmo
E a equipe
Meu berço santíssimo.
Usarei de tudo para manter meu posto,
Seja com gosto ou com desgosto
E ainda que me falte a honra,
Já que outro, em meu lugar, o faria,
Pois, nesse mundo competitivo,
Em que abunda a hipocrisia,
É exatamente assim que as coisas funcionam...
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